Eu e o querido amigo Shaolin na Correio, em 2010

Jornal da Correio Manhã 2009

Jornal da Correio Manhã 2009
Jornal da Correio Manhã 2009

Quem sou eu

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Publicitária, jornalista, pós-graduada em marketing, mineira, atuo na tv desde 1996. Com experiência em tv, revista e agências de propaganda, a paixão pela comunicação sempre falou mais alto. No início, comerciais de tv, colunista de revista, programas corporativos nacionais e, em 2007, a vinda para a Paraíba mudou os rumos profissionais ao ser convidada pela TV Correio para ancorar o jornal televisivo matinal Jornal da Correio. Essa função aconteceu durante 2 anos, quando, em maio de 2009, por mudanças estratégicas da empresa, fui direcionada ao programa Sabor da Terra,no formato de culinária, entrevista, dicas de saúde e nutrição, etc, também como âncora, de maio de 2009 a abril de 2010. Atualmente, ancoro o jornalístico matinal Aconteceu, às 6 da manhã, de segunda a sexta e, paralelamente, sou apresentadora comercial do programa Correio Verdade, com ações de merchandising ao meio dia, de segunda a sexta-feira.

terça-feira, 27 de abril de 2010

Tu quoque, Brute, fili mi?

Lealdade

Não, você não leu o título errado. Nem estou a exercer o direito de expressão e usar de neologismo. Lealdade é uma palavra que já existe, o problema é estar esquecida.
todos os dias, alimentamo-nos com sonhos. Isso não é utopia, é prática. Afinal, é o fato de termos o conquistar que nos faz levantar e querer lutar. Poucas coisas podem impedir esse querer ou realçá-lo. Uma delas é a lealdade. Quando se é leal, não se tem medo. Aliás, quando se é leal, não se tem nem maldade. Isso pode ser um perigo, pois a inocência e a ignorância andam juntas e são um prato cheio para a antítese desse sentimento tão nobre chamado lealdade: a traição. Já nos primórdios, a traição deixava seu emblema...Caio Júlio César, famoso conquistador romano, general, historiador, uma lenda de sua época, experimentou no sangue essa dor. Não havia para ele o que não pudesse ser conquistado, na exaustão da palavra "possível". Apesar de tantas glórias e de ser quase considerado divino, Caio Júlio César foi traído. E para quem acha que geralmente o inimigo é inimigo, um detalhe: traição só pode ser feita por aliado, senão, não é traição. Inimigo não trai, apenas exerce seu status quo. Amigos traem. E foi assim também com César, condenado e assassinado pelo Senado Romano e por uma figura parte de sua própria carne, o sobrinho. Ao desvelar tão austera conduta, desabafou: Tu quoque, Brute, fili mi? (Até tu, Brutus, meu filho?) E, por mais triste e revoltante que isso nos pareça, a traição é tão comum quanto a confiança. tanto que essa frase, dita há mais de 2 mil anos, sempre é dita, em diversas partes do mundo, a todo momento.
Particularmente, me sangra. Talvez pelo fato de ser tão transparente e pensar ver nos outros uma beleza que não existe. trato é trato. Acordo é acordo. Amigo é amigo. Parceiro é parceiro. Onde há erro nisso ou dificuldade? É só seguir as regras, contar um com o outro, nos ajudarmos mutuamente e pronto, certo? Errado. Seria certo se tivéssemos moral e alguns outros atributos desconhecidos de hoje em dia, além de....LEALDADE. Todo desleal tem memória ruim, talvez até um artifício do cérebro para se poupar do remorso de trair quem lhe foi leal. Ou, pelo menos, se convence a ter. E pode até se ofender se você "ousar" denominá-lo desleal, sabia? Ai, vai ser um escândalo. Imagina! Todo desleal se defende nas próprias necessidades. Afinal, antes as dele que as suas, minhas ou nossas, claro! E nesse "eu, eu, eu" se esconde, se camufla, se articula como for preciso, mesmo que custe quantos sonhos forem necessários, rompa quantos acordos forem tratados, remova quantas montanhas for preciso, desmanche quantas perpectivas tiverem sido traçadas. Cada um com seu problema, oras!(?)E de tão antigo, ser desleal ficou até, digamos, meio natural no mundo de hoje. As pessoas já tratam a deslealdade com certa banalidade, postura típica de quem não se importa. E, como tratores, vão rompendo os muros da dignidade, calando lágrimas ante o ritmo frenéticos dos negócios - que não podem parar. Não há tempo a perder, recupere-se, enxugue o rosto e engula o choro. Tocar em frente é difícil, mas urge. Sinto em dizer que seu lamento não será ouvido. E se você acaba de descobrir que está passando por isso, lamento. Sou-lhe extremamente solidária, com todo o anonimato que nos distancia. E, se serve como consolo, a ferida não vai sarar, mas a dor vai passar.